4 de outubro de 2014

Setembro 2.

Finalmente o Setembro chegou ao fim.
Como eu disse antes, foi um mês esquisito.
Começo ruim.
Meio bom.
Final, acho que bom bom, talvez mais.
Não sei bem ao certo.
Na verdade eu nunca sei nada bem ao certo.
Mas tenho que tentar entender tudo o que me e sinalizado.
Sou meio devagar, processo devagar... Será ignorância minha?
Que nada, sou o mesmo Bobo cordial, que sempre se enrola todo quando tudo começa do zero.
E qual e o começo que não e do zero?
Bem, acabei de pensar em uma resposta para isso.
Mas não vem ao caso, fiquemos com o zero, eu vou ficar com o zero.
Afinal, o final foi bom bom, talvez mais.
Um começo novo.
Timidez nova.

23 de setembro de 2014

Insular

Foi uma sensação completa.
Foi a melhor do mês, talvez seja a melhor desde Fevereiro.
Nada poderia ter sido melhor que isso.
No Insular fui a loucura.
Mas nos que se dizem Enghaw, a loucura transbordou limites.
Um herói que a tempos dormia retornou para meus pensamentos, preencheu a memória.
O Setembro se tornou melhor.
O Setembro ficou bem melhor.
O Setembro ira se tornar o melhor de todos.
Ainda não acabou.
Pode ter mais.
Insular passou.
Mas não foi só Insular.
E também não foi só Enghaw.
Tem mais, tem um pouco mais.
O pouco mais que e o melhor.
Pode se tornar o melhor.
Vem Setembro, torna-te o que desejas.
Vem Setembro, seja o meu Setembro.

18 de setembro de 2014

Setembro.

Setembro,
Que setembro estranho.
Não sei se e por causa do vento úmido.
Não sei se e por causa das breves garoas de chuva que caem nas tardes.
Não sei se e por causa das fortes chuvas que caem durante as noites que passaram a ser frias.
Não sei se e por causa do amontoado de folhas que está na frente da minha calçada.
Não sei se e por causa do calor forte que tem coberto a minha cabeça.

Não sei se e por causa da natureza em se. Mas tem sido um setembro estranho.

Não sei se e por causa que eu tenho andado pouco por ai.
Não sei se e por causa que eu tenho encontrado pouco as pessoas que gosto.
Não sei se e por causa que ultimamente não tem passado bons filmes no cinema.
Não sei se e por causa que tomar sorvete no shopping perdeu a graça.

Não sei se e por minha própria causa. Mas tem sido um setembro estranho sem a companhia de ninguém.

11 de setembro de 2014

Help me/No!

Sendo possível ou impossível, tudo e meio complicado, nada foi feito para ser fácil e agora nos encontramos para um novo desafio, o desafio de amar não querendo amar, esse e o mais difícil.

Então encontramos na melhor das hipóteses tudo aquilo que era próprio para nós dois, mas hoje não e mais.

Reanimação Não! Animação Sempre!

Fiz minhas postagens antes de ver a última postagem da Golden.

A grande questão não e uma reanimação, mas sim uma força de vontade que nós temos que criar, talvez a partir desse inicio as coisas possam se tornar um pouco melhores.

Nunca e fácil transformar as palavras em versos ou textos, pelo menos não para mim.
A inspiração parece que sempre vem das piores coisas, dos acontecimentos mais ruins, e só então nesse momento que as palavras saltam da boca para o bloco de notas.

Nos meus momentos de solidão, eu sempre escrevo, e escrevo muito, mas será que e isso que eu quero colocar aqui? Meus pensamentos íntimos?
Parei para pensar nisso a uns dias atrás antes de voltar aqui, então fui olhando o que nesse tempo todo fora eu escrevi e deixei guardado. Vi a quantidade de sentimentos naquelas folhas ali, todas amontoadas sem saber se algum dia aquilo vai se transforma em algo. Mas mesmo que não vire nada, aquilo tem que ficar bem ali.

Então procurei mais e mais, e achei uma sequencia de pequenos textos e versos. Me senti a vontade para coloca-lós aqui. E claro que neles tem sentimento, afinal esse talvez seja o principal motivo para que eu possa transformar algo que eu penso em palavras reais. Mas essas palavras e um sentimento diferencial, que acontece poucas vezes, e um sentimento que te faz escrever sem motivo, apenas por você mesmo, sua própria inspiração, cem por cento de você.

Retornei para o blog com o objetivo de colocar tudo aqui e mostrar esse outro lado meu, ou, talvez apenas reviver esse lado que já estava aqui quando fazia as postagens anteriores.

Reanimação Não!
Animação Sempre!

Suicídio

Marque-me, marque-me como se fosse a última das últimas vezes que tem essa visão apagada de mim, de tudo que foi por você.

Marque-me com vossos instintos de Ferocidade/Agressividade.

Marque-me, mate-me com tua tua força, com toda a tua genialidade, porque eu, eu nunca fui capaz de te vencer, porque o meu amor nunca me permitiu estar a sua frente, somente ao teu lado.

Sempre ao teu lado.

Please Please.

Eu não vou fazer mais aquela corrida diária, afinal para que mesmo?
Todas as questões tão pouco implícitas ou explicitas fazer tudo se tornar diferente, sendo assim
justifique correr, correr para onde as ruas de teus pensamentos se fecham e formam becos intransponíveis para todo mundo, mas principalmente para mim, que sempre anda todos os quilômetros a mais que todos os outros, sendo assim incrível como tudo forma uma absoluta dificuldade.

Mas por que eu corri tanto?

Amor, antes, hoje e para sempre.
Te amar e assim, minha prisão.

7 de setembro de 2014

HeeeeeeeeeeeeeeeeY! (:

Caramba!
A quantos milhões de séculos eu não venho fazer meus posts aqui.
Acho que o meu marcador deve ter até poeira em cima! rs.

Então está na hora de passar um paninho nele para deixar ele brilhando!

Hellps está voltando, assim como suas palavras, ou seja, as minhas mesmo! rs.

Estou com alguns textos prontos, assim como umas frases e umas reflexões também.
Hora de dar um gás não é? (:

Para todos que nos seguem aqui, até amanhã!

Hellps Out!

14 de agosto de 2014

Reanimando ou tentando me reanimar. D:

Depois de pouco mais de 1 ano sem escrever, estou voltando. Na verdade, tentando me reanimar. haha A preguiça desde o último post era tanta que, não me motivei mais a retornar para cá, para variar né? =P E pelo visto, meus amigos colaboradores do blog também abandonaram o blog. =C

Admito que ando crua para redigir um texto descente e expor idéias, tanto é que estou me sentindo uma semi-analfabeta! #exagerandototal. hahaha Eu tinha muitas idéias para elaboração de novas postagens, umas delas seria abordar a respeito do cenário mundial em que estamos vivenciando, o qual envolve algumas teorias conspiracionistas (o que de fato não são teorias, a meu ver). Porém, não pretendo iniciar as postagens deste ano com estes assuntos, digamos que não estou ando com espírito e emocional para expor minhas opiniões sobre temas"delicados".

Estou com idéia de iniciar 2014 postando sobre como me tornei uma gamer. Afinal, essa postagem estou devendo desde o ano passado, e estou com o rascunho salvo aqui no pc há uma eternidade. o_O E falar um pouco mais sobre algumas manias de beleza que tenho, no caso os esmaltes. :D

É isso. :)

21 de julho de 2013

A evolução do tesão e da atração humana





Esse texto foi baseado e adaptado a partir de uma reportagem da revista Galileu de maio de 2012. Procurei selecionar aquilo que julguei mais pertinente (algo relativo a 95% do que li) e também oferecer comentários e contribuições particulares, naturalmente. Como o texto é muito longo, sugiro que fique confortável e faça um lanchinho, se for possível... ou procure ler por etapas com calma. (risos) Eu procurei trazer o texto porque acho que o assunto é interessante – ainda mais se baseando na ciência – e diz respeito a todos, independente do sexo. Na pior das hipóteses, vai ajudar a compreender melhor como funciona a mente humana em matéria de sexualidade.

  
Os leitores mais jovens não devem conhecer, mas havia um personagem de desenho animado chamado Pepe Le Pew (ou Pepe Le Gambá) criado pela Warner Bros, que se tratava de um gambá francês que tinha como principais características seu mau cheiro (próprio da espécie) e um romantismo exagerado (ele até mesmo falava com sotaque). Nos desenhos, sempre ocorria de uma gata chamada Penélope ter as suas costas acidentalmente pintadas de branco e ela ficava parecida com uma cangambá fêmea (se tem uma curiosidade para saber as diferenças entre as espécies em uma matéria simples, veja o link: http://www.recreio.com.br/licao-de-casa/cangamba-e-um-mamifero-fofo-e-fedorento-veja-a-diferenca-entre-ele-e-o-gamba). Pois bem... quando o nosso Pepe Le Pew encontra por acaso a Penélope, ele se apaixona perdidamente por ela e fica o desenho todo tentando agarrá-la e conquistá-la de maneira obsessiva. Já Penélope faz o possível para fugir e se esconder das garras do candidato a amante.

Bem, a lembrança acima serviu para alimentar a nostalgia e, de quebra, ilustrar o tema do post. Embora estejamos falando de seres humanos, é perceptível notar que as características de Penélope fizeram Pepe sentir-se atraído pela sua nova aparência. Possivelmente, até mesmo o charme e a feminilidade da gatinha ajudaram ele a perder a cabeça. (risos) 


Para psicólogos, biólogos e neurocientistas que estudam como funciona o desejo de homens e mulheres, a capacidade de identificar parceiros “calientes” com um simples exame visual foi vital para o nosso sucesso evolutivo e não falta interesse para tentar descobrir o que motiva esse encanto à primeira vista. Só no ano de 2011, foram concluídas mais de 300 pesquisas sobre o assunto. Falando em um caráter científico, Cláudio Soto, psicólogo da Universidade de Colúmbia (EUA), afirma que o que nos desperta o tesão são os sinais de que aquele ser humano nos daria uma prole capaz de sobreviver melhor e levar a espécie adiante. Não é uma constatação muito romântica, né? (risos)

Por mais que essa questão a respeito do que seja considerado atraente, interessante ou bonito possa ter uma definição subjetiva entre as pessoas, o ser humano costuma adotar um padrão entre os perfis que são mais... atraentes. Os homens preferem garotas mais jovens, de cintura fina, quadril largo e corpo firme. Já elas, homens altos, com costas largas, queixo quadrado, sobrancelhas expressivas e braços fortes. A priori, isso pode não ser nenhuma novidade, mas o grande lance é saber que isso é fruto de uma “seleção natural” baseada em nossas preferências desde os tempos das cavernas – o que contesta, pelo menos parcialmente, a tese da suposta ditadura narcisista da mídia. Dessa forma, seu próprio corpo adota um perfil “ideal” para perpetuar a espécie.


Cintura de miss em queda
Um estudo do biólogo Ronald Henss concluiu que o desejo por mulheres de cintura fina e quadril largo pode estar mudando. Ele mostrou a 180 homens fotos de 6 mulheres cuja cintura tinha 70% do quadril – razão ideal entre as medidas. Duas horas depois, os cobaias receberam as fotos das mesmas mulheres utilizando roupas diferentes e com a cintura maior transformada pelo Photoshop. As notas dadas para as beleza das moças antes e depois da mudança não tinham nem 5% de diferença, na média.

Isso é contextualizado, por exemplo, nos tempos primitivos dos homens das cavernas. As mulheres preferiam se unir aos espécimes machos mais fortes porque estes eram mais capazes de se defender de predadores/invasores e arranjar/caçar alimento de maneira mais eficiente. Assim, tais homens eram sinônimo de proteção e comida farta, o que auxiliava na melhor propagação da espécie. Dessa forma, essa preferência perseverou. “Os indivíduos que sentiam desejo sexual por características que ajudavam a propagação da espécie de fato se disseminaram e hoje suas preferências em relação ao sexo oposto predominam”, afirma Soto.

“Pode parece absurdo dizer hoje para uma mulher emancipada, que trabalha e paga a suas contas, que ela se sente sexualmente atraída por um homem porque ele conseguiria defendê-la. Mas não podemos esquecer que somos animais, e que é na hora do desejo sexual que isso se mostra”, diz o psicólogo Martie Haselton, da Universidade da Califórnia. “Não é submissão. Quando era preciso lutar contra animais para sobreviver, escolher assim era questão de astúcia e estratégia. Essa lógica perdura em nosso instinto.” Reforçando o poder de nossos “instintos primitivos”, o desejo aproxima o ser humano das criaturas irracionais: “nesse momento, o ser humano tende a se aproximar do comportamento animal, porque se distancia da racionalidade.”


Mas o que aqueles corpos esbeltos que vemos constantemente na mídia têm em comum com a continuidade da espécie humana? Segundo a revista, além de isso justificar o nosso gosto por esses padrões, a ciência tem descoberto que os padrões de beleza universais são, muito frequentemente, indicadores de saúde e fertilidade. Mesmo a cultura interfere na maneira como nosso instinto se manifesta, adaptando nossas preferências e oferecendo artifícios que simulem algo que naturalmente mexa com o apelo sexual de homens ou mulheres. Mesmo que hajam algumas mudanças, as preferências de nossos ancestrais prevalecem.

Pode parecer cruel, mas a ciência considera que a beleza funciona como uma espécie de controle de qualidade para a escolha de parceiros. “A saúde é beleza. Um animal doente não é bonito.”, alega o biólogo Márcio Baunte, da UFRN. “Um animal que esteve enfermo ou que teve antepassados com alguma moléstia acaba prejudicado e não se desenvolve em todo o potencial.” Envolvendo esse processo de “avaliação” entre possíveis parceiros(as), as pessoas percebem instintivamente a beleza como um certificado de boa procedência genética.

Homem Vitruviano 

Considere a simetria, importante critério de beleza entre homens e animais. Um estudo da Universidade de Colúmbia mostrou para os homens diversos retratos de mulheres antes e depois do Photoshop para deixá-las sutilmente “tortas”. Cerca de 80% dos observadores perceberam e julgaram que tais fotos “modificadas” (e assim, assimétricas) eram mais feias. Isso funciona para os homens e mulheres, não apenas envolvendo o rosto, mas também o próprio corpo. Vale destacar que Leonardo da Vinci chegou a contribuir com essa ideia por meio de sua obra chamada “Homem Vitruviano” (uma de suas mais famosas e conhecidas criações), que obedece a diversas proporções matemáticas em benefício da harmonia, tornando-se assim o “modelo ideal” para o ser humano. Tudo baseado no ideal clássico de beleza e seguindo um raciocínio lógico de matemática. E como se isso não bastasse, veja que curioso: transando no período fértil, mulheres simétricas têm 3 vezes mais chances de engravidar do que as consideradas assimétricas, conforme revelou uma pesquisa de Harvard em 2011. Outros estudos revelam que os homens simétricos têm mais espermatozóides no sêmen do que a média, e que as mulheres mais simétricas têm mais hormônios.

Florence Colgate, uma inglesa de 18 anos (na época), venceu um concurso de rosto naturalmente mais bonito do Reino Unido em 2012, envolvendo mais de 8 mil mulheres britânicas. Por meio de um cálculo que segue razões matemáticas consideradas iguais, seu rosto foi selecionado como o mais “proporcionalmente belo”.

 
Olho masculino treinado
Em 2011, cientistas de Harvard constataram que homens percebem e apreciam a simetria não apenas do rosto, mas de mãos, olhos, seios, braços, orelhas etc. Eles tomaram medidas de 200 mulheres. Se a diferença de um tamanho entre um lado e outro fosse maior do que 2mm (!), elas eram consideradas assimétricas. As simétricas, além de serem preferidas pelos homens, eram mais férteis. Elas tinham, em média, 35% de chance de engravidar, enquanto as assimétricas, apenas 12 %. Praticamente um scanner humano. (risos)

Os hormônios também são outro importante ingrediente que interfere no desejo. Os corpos de ambos os sexos são, em média, 90% iguais. No restante (10%), isso muda, além dos óbvios aspectos anatômicos e fisiológicos, na distribuição de gordura (mais para as mocinhas) e de músculos (mais para os homens). É claro, existem algumas subcelebridades com corpos tão musculosos para o padrão feminino que começamos a confundir esses parâmetros. (risos) Mas enfim, os hormônios atuam nisso e as diferenças entre os sexos servem de tempero nos primeiros contatos. “Quanto mais acentuada é a aparência masculina ou feminina de um indivíduo, mais pronunciadas são suas características reprodutivas”, afirma Baunte.


Nesse sentido, quanto mais acentuadas forem as “características predominantes” do próprio gênero –  caracterizando a feminilidade ou a masculinidade – mais a pessoa se tornará atraente ao sexo oposto (baseando-se nos heterossexuais). Se a mulher estiver ovulando então, mais vulnerável estará aos encantos de um homem com cara de “macho”. Níveis mais altos de testosterona (o hormônio masculino) deixam o rapaz com um queixo mais quadrado e maior predisposição a desenvolver músculos. Curiosamente, isso não coincide com o clássico estereótipo dos galãs. Mesmo assim, homens assim têm mais chances de engravidar as mulheres – uma vez que a testosterona aumenta a libido e a produção de espermatozóides – e serem bons “guardiões” da família.

No caso dos hormônios femininos, a história não é diferente. São eles que definem a localização da concentração de gordura, interferindo na probabilidade de haverem lábios carnudos e a eventual presença de quadris mais largos, por exemplo. Por volta de 1970, o indiano Devendra Singh, pioneiro da psicologia evolutiva, chamou a atenção para o desejo masculino por mulheres cuja cintura possui 70% da medida do quadril atravessa todas as culturas, enaltecendo a ideia de que o homem, de maneira geral, se amarra em corpos em forma de “violão”. E os benefícios de haverem essas medidas não páram por aí: em 2010, a bióloga da Universidade de Harvard Grazyna Jasienska esclareceu que tais mulheres produzem em média 30% mais de estradiol do que as gurias menos “curvilíneas”, que têm as duas medidas semelhantes. “Isso significa que elas têm até 3 vezes mais chances de engravidar do que uma mulher com cintura e quadril idênticos”, diz.


Já envolvendo a questão das diferenças entre os critérios femininos e masculinos para escolher parceiros para o sexo, a seleção natural interfere nisso também. “O homem precisa avaliar menos antes de optar por uma parceira, porque tem menos a perder quando investe em uma relação. Ele pode fazer alguns desses ‘investimentos’ por mês, enquanto a mulher que engravida só vai poder fazê-lo de novo em, no mínimo, um ano”, diz Paul Vasey, da Universidade de Wellington, na Nova Zelândia. Bem, é preciso dizer que essa regra é questionável nos tempos atuais, pois existe um monte de maneiras para tentar evitar a gravidez e adotar mais parceiros não precisa implicar em fecundação. Aliás, supõe-se que nenhum dos sexos envolvidos no ato sexual esteja interessado em viabilizar gestações indesejadas. Certamente outros fatores podem interferir nessa questão, mas entendo que essa afirmação diz respeito à história da evolução humana, quando não haviam tais... facilidades contraceptivas.

Libido menos exigente com a pílula 
Uma pesquisa de 2011 encomendada pela Universidade College de Londres mostrou que mulheres que tomam a pílula anticoncepcional tendem a aceitar homens menos viris (com menos músculos, voz menos grave e comportamento menos dominador). Quando elas param de tomar a pílula, a preferência muda. “Em mais de 30% das mulheres, o desejo pelo parceiro caiu ao pararem com o anticoncepcional, voltando-se para homens mais viris”, diz Alexandra Alvergne, autora da pesquisa. Eu particularmente fico imaginando como deve ter sido meio difícil classificar cada carinha como um espécime viril ou não, já que os critérios são um tanto subjetivos.

Mas obedecendo a “tradição” de que os machos podiam arranjar mais parceiras sexuais com mais flexibilidade, o ponto crucial para o sucesso evolutivo deles foi adotar um olhar clínico para encontrar mulheres férteis, ao invés de simplesmente encontrar companheiras estáveis. Como consequência disso, os homens são muito mais detalhistas para avaliar as mulheres nesse sentido em um exame superficial. Uma pesquisa em 2010 da Universidade de Nova York concluiu que, em um minuto, o olho masculino passeia por 38 pontos na foto de uma mulher. Muito práticos (risos), a maioria analisa, durante em média um terço desse tempo, os seios ou a bunda da desconhecida. Em contrapartida, a mulher dedica sua atenção a 12 pontos na foto de um homem tipicamente atraente. E 4 desses fatores envolvem fatores contextuais, como o dedo em que ficaria a aliança (se ele não tivesse) e o local em que a foto foi tirada. “Além de visão, olfato e audição, as mulheres tendem a reparar muito em fatores comportamentais, mesmo quando buscam apenas sexo”, diz o psicólogo James Duncanny, da Universidade de  Nova York. Segundo a reportagem, isso faz sentido porque seu instinto animal as fazem pensar sempre nos 9 meses seguintes e no cuidado com os filhotes.


Até mesmo a atividade cerebral oferece distinções entre os sexos ao traçar o perfil ideal do parceiro. A maneira de avaliar muda entre os cuecas e as calcinhas. Homens são mais suscetíveis ao contexto visual e “coisificam” o corpo da mulher, isto é, reduzem seu valor ao caráter exclusivamente material. Segundo um trecho do livro “A Billion Wicked Thoughts” (Um bilhão de pensamentos perversos), escrito pelos neurocientistas Ogi Ogas e Sai Gaddan, da Universidade de Boston, que analisam como o desejo sexual age no cérebro humano, “homem se excita só com imagem. Já mulheres requerem um complicado conjunto de fatores, como aparência, sentimento de segurança física e emocional”. “Enquanto o desejo aciona uma área do cérebro masculino, chega a agir em 4 do feminino.” Aqui está uma versão incompleta do livro, se estiver interessado: http://recursos.wook.pt/recurso?&id=3435423

Os instintos que orientam nossos desejos estão intactos desde a Idade da Pedra. Os 10 mil anos que passaram são considerados um pequeno intervalo de tempo na escala evolutiva. Só que a vida em sociedade mudou a maneira como reagimos a esses impulsos primitivos. Como se sabe, a moral, os bons costumes e outros diversos ingredientes culturais influenciaram nessa progressiva mudança comportamental, ainda que certas sementes primitivas continuem habitando nosso interior.

  
Não é preciso pesquisar o passado para conhecer algumas regras básicas de sedução. A vida cotidiana e as próprias experiências amorosas (mesmo na fase da paquera, independente de haver sucesso ou não) ensinam muita coisa. Quando se dominam ou se conhecem essas regras, é possível forjar fatores de atração. “A partir do momento em que se diagnostica o que desperta o desejo do outro, cria-se uma indústria da propaganda genética”, diz antropóloga Elisa Madenburry, da Universidade de Harvard. Anabolizantes ou silicone? “Sim, próteses mamárias, colágeno nos lábios, cirurgias plásticas e todo tipo de truque para parecer ter indicativos de genes superiores àqueles com que você veio ao mundo”, afirma a mesma antropóloga. Eu, pessoalmente, achei interessante ler sobre isso conhecendo essa definição científica, até porque isso alimenta, pelo menos envolvendo o contexto estético, a poderosa indústria dos perfumes, cosméticos, maquiagens e da cirurgia plástica (e talvez outros itens que tenha me esquecido). Propaganda enganosa? “Desde os tempos das cavernas homens e especialmente mulheres tentam realçar as qualidades desejáveis. Pintavam os olhos como maquiagem, sem nem saber muito bem olhos grandes significam fertilidade.”
  
Se você é mulher, provavelmente não despreza a utilidade da maquiagem, até porque isso auxilia em seu poder de sedução. Se você não é, já caiu na “armadilha”. Dependendo do que você faz em seu rosto, pode oferecer a falsa impressão de que é mais jovem (e fértil) de que é. A moda também é outro indicativo de como modernizamos as artimanhas da atração. Veja essa pesquisa fomentada pela Universidade da Califórnia: em 2011, foram mostrados a um grupo de 120 homens fotos reais de como 5 mulheres se vestiram em todos os dias de um mês. Após isso, os pesquisadores perguntavam ao pessoal em quais retratos elas estavam mais atraentes. Resultado: 90% das fotos selecionadas como mais bonitas foram tiradas nos dias em que a mulher poderia ter engravidado. “Durante o período de fertilidade, as mulheres se esforçam para ter uma aparência mais atraente, com roupas mais reveladoras e um comportamento de flerte”, diz o psicólogo Martie Haselton, autor do estudo. Isso significa que, mesmo inconscientemente, as mulheres se vestem para “matar” (ou melhor dizendo, para procriar) utilizando o próprio vestuário como ferramenta de sedução. E os homens são presas fáceis.

Voz de macho
 "O processo de atração feminino passa, é claro, pela visão. Mas vai além: o timbre de voz do parceiro é importantíssimo", diz a atropóloga Alexandra Alvergne, da Universidade College de Londres. Ela gravou filmes de homens com corpos viris e voz fina lendo trechos de Shakeapeare. Depois, fez o mesmo com homens de menos de 1,70m, magros, com vozes graves. Ao ouvirem as gravações, 82 mulheres – dentre uma amostra de 100 – preferiram os franzinos com voz poderosa.

Agora vamos entrar em um tema delicado. O que dizer então do poder financeiro de uma pessoa? O instinto de atração por um parceiro que revele maiores chances de garantir uma prole e sua continuidade permanece vivo nos homens e, principalmente, nas mulheres. Porém, se no passado bastava haver um macho forte e saudável para garantir a subsistência da família, hoje o que mais “atrai” é o vigor de sua conta bancária em benefício dos filhos (e devo ressaltar, não apenas deles e possivelmente essa é uma preocupação secundária ou terciária para um monte de pessoas). Não sei quanto a você, mas isso me parece meio mercenário e mesquinho. Não estou dizendo que o dinheiro seja um fator irrelevante, mas me preocupo com prioridade dada a esse critério. Segundo a psicóloga evolucionista alemã Sara Undisten, que há 15 anos tenta dissecar o que atrai uma mulher, a libido feminina é mais complexa do que a masculina e é estimulada por quatro fatores principais: indicadores de bons genes, fatores de que o homem daria um parceiro de qualidade, sinais de que seria um bom pai e indícios de ser um bom investimento. Sim, investimento. “Há mais de 30 pesquisas que mostram a importância do homem mostrar que pode prover a subsistência, ainda, no desejo feminino”, explica Undisten. Interesseiras? A matéria afirma que são mãezonas. Tsc, tsc. Será? Esse mesmo tipo de adaptação explica por que as meninas preferem homens casados.

Testado e aprovado
Você já ouviu alguma guria reclamando que todos os homens interessantes parecem que já têm dona? Bem, só o fato de não estar “sozinho” já pode influenciar no gosto feminino. Numa pesquisa de fevereiro de 2012 da Universidade de Oklahoma, mulheres avaliaram diversos retratos de homens. Metade delas foi informada que os caras eram solteiros e 59% do grupo disse topar um relacionamento com os bonitões. A outra metade viu as mesmas fotos, ouvindo que os homens eram comprometidos. Nesse grupo, 90% das moças quiseram namorar. Interessante. Essa pesquisa deve agradar diretamente aos homens infiéis também. E esse tipo de atração também deve interferir na personalidade altamente “competitiva” entre as meninas em relação ao amor, que nem sempre precisa se basear em “regras”.

Veja outro estudo interessante. Parece que o “modelo de atração” varia inclusive com nível de saúde da região pesquisada. Uma pesquisa da Universidade da Aberdeen, na Escócia, mostrou a mulheres de 30 países fotos de homens, e elas tinham que dar notas para a beleza de cada um. As cobaias recebiam os retratos em pares: o mesmo modelo era representado em ambos, mas em um deles o rosto era modificado em computador para obter traços mais afeminados – sobrancelhas mais finas, maxilares menores e lábios mais carnudos, por exemplo. Depois, eles cruzaram os resultados com índices da Organização Mundial da Saúde e verificaram que quanto mais os países ofereciam uma saúde melhor e de qualidade à população – a julgar pela baixa mortalidade infantil, longa expectativa de vida etc. – maior a preferência das mulheres por homens com feições femininas. Na Suécia, a nação com o melhor sistema de saúde entre o universo pesquisado, apenas 32% das mulheres são adeptas de rostos mais “viris”. Já no Brasil, 55% delas escolheram esse biotipo. A antropóloga e professora da UFRJ Mirian Goldenberg, que realizou um estudo comparativo entre o comportamento das brasileiras e o das alemãs, reforçou o resultado da pesquisa escocesa: “No Brasil, as mulheres ainda se sentem atraídas por homens altos, fortes, de tórax grande. Gostam deste tipo que parece ser fisicamente capaz de protegê-las, mas isso pode mudar com a mudança social e o enriquecimento do país.”


Outro aspecto ressaltado na reportagem é a maneira como o desejo se “modifica” conforme o relacionamento progride. “A atração sexual é um fator que funciona mais no curto prazo. Na hora de buscar um companheiro, esses critérios ainda atuam, mas bem mais atenuados do que somente para um flerte ou uma transa”, afirma a psicóloga Ana Claudia Bureinmeir. É por isso que o tesão “bestial” é mais produtivo em dia de “pegação” ou balada. “A cultura conta tanto quanto a natureza na hora de fazer um par”, defende Madenburry, antropóloga de Harvard.  Isso vai além de aspectos como o romantismo ou o cavalheirismo.  O antropólogo Claude Lévi-Strauss definiu esse ingrediente contemporâneo como “aquilo que a sociedade construiu para separar o homem do animal”. Isso sugere que podemos sentir mais desejo por uma pessoa com quem iremos ter um contato e/ou convivência maior. Quanto mais conhecemos melhor o “alvo” de nossas atenções, mais podemos nos sentir agradavelmente surpresos.

“Já se provou que há etapas de atração. O desejo sexual imediato é um deles. Também existe um desejo ligado às afinidades, que se manifesta depois de uma conversa, e um terceiro, ligado ao sentimento, que chamamos de atração sexual não imediata”, explica Madenburry. Ou seja, é possível que pessoas que não atraiam o interesse à primeira vista possam surpreender posteriormente. A descoberta dos mais variados pontos em comum pode servir para apimentar as coisas.


“É cada vez mais claro que pode haver tesão ligado não só a características físicas, mas a sentimentos”, diz a polonesa Grazyna Jasienska. Em 2011, ela terminou uma pesquisa muito simples, mas deveras relevadora: em uma sala, entraram 50 homens e 50 mulheres, que permaneceram no local por 5 minutos. Depois desse primeiro contato, cada um elegeu seus 3 prediletos. Então, todos voltaram à sala, onde ficaram com bebidas à vontade por mais duas horas (alguém aí se animou para se candidatar ao teste?). Quando saíram, mais de 90% dos participantes mudaram completamente seus ídolos e musas. Em apenas duas horas. Mais interessante ainda é notar que, para efeito de pesquisa, o uso do álcool pode servir como um soro da verdade e muitas descobertas podem ser úteis. (risos) A bebida entra e a verdade sai.

Fora isso, as leis evolutivas possuem brechas. Em uma outra pesquisa de 2011 da Universidade de Illinois mostra que homens e mulheres preferem parceiros parecidos com seus pais, independente de seus “indicadores” gerais de atração e fertilidade. “Se o pai da analisada era acima do peso, ela tendia a preferir homens assim”, diz o psicólogo Chris Fraley, que conduziu a pesquisa. O mesmo vale para homens cujas mães tinham cara de cavalo ou dentes separados. “É como se fosse um critério evolutivo só seu, diferente do de todas as outras pessoas.”

Influência dos pais
Na hora de escolher um parceiro, os rostos dos pais servem de influência, mesmo que de maneira inconsciente. Em uma pesquisa de 2011 pela mesma Universidade de Illinois, homens e mulheres foram divididos em dois grupos e deram notas para a atração sentida por estranhos(as) exibidos(as) em fotos numa tela. Todos viram as mesma s fotos, mas metade das cobaias via, por um tempo imperceptível (tal como em propagandas ou mensagens subliminares), a imagem do pai (se era mulher) ou da mãe (se era homem). O flash dos progenitores aumentou em 50% o desejo pelos retratados.

É por essas e outras razões que a maioria das pessoas consegue conquistar pelo menos um parceiro durante a vida. “A seleção natural é um modelo. É claro que no mundo real ela atua sobre todos, a ponto de a maioria dos humanos ter todos os membros e conseguir se locomover, mas ela não diz que tenhamos de ser lindos”, diz Haselton. Isso significa que, independente de mulheres e homens que têm um desejo instintivo por seres belos e férteis, isso não precisa condenar ninguém menos “privilegiado” pela natureza à solidão amorosa ou solteirice. Mesmo quem não nasceu lindo, segundo os clássicos padrões biológicos, pode parecer assim aos olhos do parceiro. Isso não deixa de conferir mais beleza aos romances, não é? É aquela velha história de haver tampa para toda panela. “Há muita subjetividade”, afirme Bureinmeir. “É só conferir o leque de ofertas em sites pornográficos.” E devo acrescentar: existe muita variedade envolvendo a própria sexualidade. (risos) O desejo, enfim, nem sempre segue um manual de instruções.

  
Amando o próprio reflexo
A própria aparência influencia nas preferências físicas das pessoas. Em uma pesquisa de 2011 da Universidade de Colúmbia, mais de 80% de 400 homens e mulheres acharam mais atraentes pessoas parecidas com elas. Os participantes precisavam escolher pares de pessoas do sexo oposto: uma das opções tinha traços do próprio entrevistado, inseridos com Photoshop. A maioria preferiu os indivíduos "manipulados" em virtude da semelhança física.


De brinde, repasso aqui uma reportagem que passou no Fantástico há poucas semanas atrás falando sobre os perfis da beleza feminina brasileira, dividindo as mesmas em basicamente três categorias: “miss” – atendendo a parâmetros de pessoas que participam de concursos de beleza variados; “modelo” – pessoas que expõem sua imagem para serem veiculadas e exploradas pela mídia e/ou eventos de moda; e “mulherão” – vide panicats, mulheres “frutas”, dançarinas (geralmente moldadas por horas na academia, drogas ou intervenções cirúrgicas) etc. Nas ruas, o terceiro biotipo foi a preferencial entre as opiniões. 

Eis os parâmetros para cada perfil segundo as medidas de suas próprias "representantes":

  • Miss (Ieda Maria):
90cm de busto, 60cm de cintura e 90cm de quadril, 1,70m de altura e 58kg.


  • Modelo (Giselle Bündchen):
89cm de busto, 59cm de cintura e 89cm de quadril,  1,79m de altura e 58kg.


  • Mulherão (Valesca Popozuda):
98cm de busto, 73cm de cintura e 107cm de quadril, 1,64m e 68kg.



Uma pesquisa promovida pelo Instituto de Pesquisa Ideafix, envolvendo um público feminino entre 18 e 45 anos, revelou que nada mais nada menos do que 71,5% das mulheres em todas as faixas etárias mencionadas possuem uma preocupação com a imagem e pensam em realizar cirurgia plástica. Os alvos da insatisfação mais frequentes requerem lipoaspiração, abdominoplastia e aumento dos seios, que denunciam as partes mais problemáticas para a aceitação feminina: barriga, seios e bumbum.